- 10 julho de 2018

A greve dos caminhoneiros dificultou o crescimento econômico brasileiro e como já era de se esperar, o setor de agregados para construção civil também foi duramente afetado. No decorrer dos 11 dias de greve foram impactadas mais de 3 mil empresas produtoras de areia e brita por todo o país, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (ANEPAC). Como resultado a construção civil registrou queda no Produto Interno Brito (PIB) de 2,2% no primeiro trimestre deste ano.

A mobilização que tinha o intuito de pressionar a redução nos preços dos combustíveis resultou em crise nacional. Crise esta que afetou todos os setores, inclusive o produtivo. Faltou combustível, alimento no mercado, transporte escolar, transporte público, insumos minerais e até o tráfego aéreo foi prejudicado. A instabilidade que partiu de uma política adotada pela Petrobras se estendeu até o setor de agregados, que vem sofrendo mudanças bruscas, desde que o governo decidiu fortalecer o setor mineral através do Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira.

Segundo a ANEPAC, durante a paralisação o setor registrou uma queda de 95% na entrega diária de areia e pedra britada para construção civil. Foram mais de 70 mil pessoas afetadas. Os agregados são basicamente as substâncias minerais mais consumidas no mundo e estima-se que o prejuízo está avaliado em mais de 15 milhões de toneladas ao longo dos dias de paralisação.

O cenário era de minerações, portos e pedreiras paralisadas, bens minerais estocados na própria empresa ou dentro dos caminhões. Isso resultou em R$ 5 bilhões perdidos pelo setor de infraestrutura, conforme levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Durante a mobilização o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Paulo Skaf, manifestou sua “preocupação e indignação em relação à greve dos caminhoneiros”. Agora, quase dois meses após o termino da greve, o setor de agregados tenta reestabelecer a ordem, embora os valores da tabela de preço mínimo de frete desagradem ás empresas de modo geral.

(Foto: Acervo MGA)

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